Quem fica desempregado ou terminou a vida académica frequentemente recorre ao centro de emprego para se “alistar” nas longas listas de potenciais interessados em ofertas de emprego.
Por um lado ao serem o recurso inicial para todos os que procuram emprego, torna-os numa solução para todos os males não sendo especialistas numa determinada área (pouca eficiência).
Por outro lado, dada a imensa rede de empresas de recursos humanos existentes em Portugal, leva-nos a pensar que “se os centros de emprego fossem eficazes, não haveria espaço para tantas”.
O relatório mensal de Janeiro de 2009 do IEFP diz-nos que foram realizadas 4219 colocações durante o referido mês. Também durante este mês deram entrada 8821 ofertas de emprego, totalizando 14608 ofertas disponíveis.
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Não estará aqui qualquer coisa errada?!
Então estamos numa crise de emprego e a procura por mão-de-obra é maior do que as colocações?!
Será que entre os cerca de 500 mil não haverá ninguém para preencher os espaços no mercado de trabalho?!
Ou serão as “ofertas” tão más que ninguém as aceita (ou é preferível o fundo de desemprego do que aceitá-las)?!
Ou serão os centros de emprego (86 em Portugal continental) insuficientes para escoar tanta colocação?!
Em média, cada centro de emprego colocou cerca de 50 trabalhadores no mercado de trabalho durante o mês. Quase dois por dia… UAUUUU!
(seria interessante relacionar o número de funcionários dos centros de emprego com o número de colocações…)
Os centros de emprego acabam assim por funcionar maioritariamente como centros estatísticos, atribuidores de apoios (fundos de desemprego, etc) e distribuidores de posições pouco qualificadas de emprego.
Cabe a cada candidato superar o centro de emprego e não depender excessivamente deste para alcançar os seus objectivos de emprego.
Os centros de emprego são, no entanto, braços do IEFP e importantes como divulgadores de informação O site oficial do IEFP é um espelho desta afirmação. É um importante recurso para todos os desempregados e interessados no mercado de TRABALHO.