custo trabalhador empresa

Tanto para os empresários como para os funcionários, é sempre bom saber qual o custo real que o funcionário representa para a empresa. Longe vai a ideia de que o custo para a empresa é só o que recebe no cheque ou na transferência bancária ao fim do mês. Não, não mesmo!

Saiba como calcular o valor real que um emrpegado custa para a sua emresa, com todos os custos e impostos envolvidos no processo.

Em primeiro lugar é importante analisar com cuidado a estrutura de custos da empresa antes de fazer um investimento na contratação de mais colaboradores.

Se por um lado é uma verdade indiscutível que as pessoas são o que move as empresas e são o bem mais valioso de uma organização, a realidade mostra que gastos muito elevados com recursos humanos podem ser sinónimo de fracasso.

Fique consciente que, os trabalhadores representam uma das maiores parcelas na lista de custos fixos de uma empresa.

Vamos então a contas:

1. Defina o salário base do trabalhador

Partindo de uma remuneração ilíquida de 1.000€, a título de exemplo, multiplique o valor por 14 meses e divida o total por 12, para apurar o custo médio mensal com o salário e contabilizar um doze avos por cada um dos subsídios: de férias e de Natal.

Deve fazer o mesmo cálculo para as contribuições para a Segurança Social e o seguro de acidentes de trabalho.

Exemplo:

1.000€ x 14 = 14.000€ / 12 = 1.166,6€

2. Contabilize as contribuições para a Segurança Social

A tão debatida Taxa Social Única (TSU) é a contribuição paga mensalmente à Segurança Social tanto pelo empregador como pelos trabalhadores. No total, a TSU corresponde a 34,75% do salário bruto, sendo que cabe às empresas pagar uma taxa de 23,75% e aos funcionários os restantes 11%.

Exemplo:

1.000€ x 23,75% = 237,5€
237,5€ x 14 = 3.325€ / 12 = 277,08€

3. Não se esqueça do seguro de acidentes de trabalho

Obrigatório para todas as empresas sem exceção, independentemente da dimensão e número de trabalhadores, o seguro de acidentes de trabalho é mais um custo a contabilizar com os colaboradores.

O valor pode variar em função da apólice contratada, do risco inerente à profissão exercida, entre muitos outros fatores.

Não se esqueça: o seguro de acidentes de trabalho é obrigatório para todas as pessoas ao serviço da empresa e, em média, pode rondar 1% dos rendimentos globais a segurar.

Exemplo:

1000€ x 1% = 10€
10€ x 14 = 140€ / 12 = 11,66€

4. Some o subsídio de alimentação

Em 2013, o Governo decidiu reduzir o limite de isenção de incidência de IRS e de TSU do subsídio de refeição pago em dinheiro (depositados em conta juntamente com o ordenado) para os 4,27 euros por dia.

No caso do subsídio de refeição ser pago sob a forma de cartão bancário pré-pago (designados cartões refeição) o valor só é sujeito à taxa de 23,75% da TSU a partir dos 6,83 euros. Para calcular o valor anual, basta multiplicar uma média de 21 dias de subsídio de alimentação por mês por 11 meses (não se contabiliza o mês de férias).

Exemplo (cartão refeição):

6,83€ x 21 dias úteis = 143,43€ x 11 meses = 1.577,73€/12 = 131,47 €

5. Inclua ainda outros custos extra

De acordo com a lei, as empresas devem ainda assegurar aos trabalhadores: formação e auditoria de higiene e segurança no trabalho; medicina no trabalho; e formação profissional, sendo obrigatório dar 35 horas por ano de formação acreditada.

Faça as contas ao mês:

Salário base: 1.166,6€
Segurança Social: 277,08€
Seguro de acidentes de trabalho: 11,66€
Subsídio de refeição: 131,47€
Custo médio mensal: 1.586,81€

Custo anual total : 19.041,72€

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